quarta-feira, 30 de maio de 2012

Dia 21 - 27/04 - Porto Velho/RO - Vilhena/RO

Distância: 706 km

    Pernoitei no hotel Mirage (R$80,00), hotel excelente! O dono se chama Nunsio, um motociclista gente finíssima, oferece muito suporte e um bom desconto aos aventureiros.
 


terça-feira, 29 de maio de 2012

Dia 20 - 26/04 - Rio Branco/AC - Porto Velho/RO

Distância: 505km

    Na metade do trajeto tive uma imprevisto, qdo estava ultrapassando um caminhão em torno dos 120km/h a corrente arrebenta! Foi um susto imenso, a rotação do motor foi ao máximo. Pensei, "ferrou, quebrei o motor"...rss Depois vi que foi apenas a corrente, parei a moto e voltei correndo para resgatar a corrente, estava a algumas centenas de metros. Em poucos minutos a instalei de volta com um emenda que havia levado. Assim segui até Porto Velho, pernoite no Hotel Tia Carmen (R$35,00).

Dia 19 - 25/04 - Puerto Maldonado/PE - Rio Branco/PE

Distância: 560km

    A fronteira PE/BR está próximo a Puerto Maldonado, quando cheguei a Iñapari no lado peruano da divisa não avistei a aduana, assim fui seguindo, parei na polícia federal já no lado brasileiro. Pensei em seguir direto, já que tinha meu passaporte carimbado para saída (tudo foi planejado quando entrei no peru já carimbei a saída..rss). Mas conversando com o policial federal resolvi voltar para legalizar a situação, tomei uma bronca do policial peruano, ele disse que outros sete motociclistas fizeram o mesmo. Depois de mais carimbos e fichas retorno para o trajeto. Quando adentrei à pátria amada e parei no posto em Assis Brasil, o frentista perguntou "comum ou aditivada", fiquei feliz em ouvir essas palavras em português! Já me sentia em casa e seguro.
    A estrada até Rio Branco em geral está em boas condições, apenas alguns trechos que possuem um série de crateras (cai numa dessa é ida sem volta). Em um restaurante em Brasiléia encontrei com o grupo do Rio, sairam um pouco antes de mim, alguns km`s a frente vejo a galera na beira da estrada, tinha furado o pneu de um deles, apesar de estar numa KTM o pneu dele estava careca, parei para dar um suporte (estava bem preparado com ferramentas e materiais para reparo de pneu) e segui adiante. Pernoitei no Hotel Shalon (R$35,00).

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia 18 - 24/04 - Ollantaytambo/PE - Puerto Maldonado/PE

Distância: 582km
Elevação: 197m (máximo de 4694m)

    Sai de Ollanta com destino a Puerto Maldonado, sai de 3384m de altitude para 197m. Para cruzar a cordilheira enfreitei um frio considerável, e na altitude máxima uma neblina e chuva também. Em alguns trechos haviam "rios" que cruzavam a pista, além de diversos animais, burro (por muito pouco não o atropelei, pode ser visto no video abaixo), cachorros, etc.. Puerto Maldonado esta no meio da selva, muitas casas de madeira e palafita, foi um longo trecho adentrando mata fechada. Pernoitei no Hostel Tambopata (40 soles).







terça-feira, 22 de maio de 2012

Dia 17 - 23/04 - Cusco/PE - Ollantaytambo/PE

Distância: 90 km
Altitude: 3384 m

    Acordei as 3hrs da madrugada para ir para Ollantaytambo, de lá iria pegar o trem para Águas Calientes as 5:40. Haviam dois caminhos para chegar ao destino, para variar a XT escolheu a "ruta aventura" novamente, outra estrada não pavimentada, decidi retornar e pegar outro caminho. Assim me atrasei um pouco, chegando em Ollanta me dirijo para o Hostel que haviam me indicado anteriormente, depois de chamar por um bom tempo a senhora aparece e diz que não havia garagem para a moto. Estava em cima da hora e não sabia aonde deixar a moto, segui em direção a estação do trem e visualizei um outro Hostel, nesse consegui um quarto e garagem para a moto, sai correndo para pegar o trem. Ufa consegui chegar a tempo, o trem vai margeando o caldaloso rio Urubamba entre montonhas vertiginosas. Consegui tirar um cochilo, tinha curtido um pouco da noite em Cusco, foram poucas horas de sono. Chegando em Águas Calientes, comprei as passagens do ônibus para a subida/descida de Machipicchu (50 soles). O ônibus sobe num zigzag beirando o precipício. A chegada até Machupicchu é linda, impressionante. Tirei muitas fotos, e fui para a entrada da subida até Waynapicchu, foram muuuuitos degraus, mas cada vez que olhava para trás tinha um visual de Machupicchu de outro ângulo, e meu fôlego era recarregado. Subi até o topo, não satifeito resolvi ir até a Gran Caverna, agora foi uma descida longa, a chegada não foi tão compensatória, restou mais um longo trecho até Machipicchu. Depois de absorver um pouco da energia deste lugar sagrado me dirijo para a saída, e me deparo com um arco-íris formado no sopé da montanha. Desci até Águas Calientes e lá me reencontro com o grupo de motociclistas cariocas, estávamos com o mesmo cronograma e eles iriam seguir até Rio Branco para embarcar as motos no caminhão e pegar o avião. Faço uma bela refeição (um rocoto relleno acompanhado com a saborosa cusquenha, a comida peruana foi a melhor!) e pego o trem para retornar até Ollanta.     




                                              








segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dia 16 - 22/04 - Cusco/PE

    Depois de uma boa noite de sono no Hostel Adventure Brew (12 dolares) acordo para a excursão pelo vale sagrado (contratado por 55 dolares em Arequipa), depois de tanta aventura achei que ser um turista normal poderia ser legal. Depois de desencontros e atrasos por conta da agência, chego ao micro-ônibus para o passeio, quando entro no ônibus tenho uma surpresa, era um passeio da terceira idade... Que sofrimento, o passeio foi naquele ritmo, agonia pura! Muitas feirinhas, paradas, etc. Me arrependi de não ter feito as visitas por conta própria também. É necessário comprar um ticket que lhe permite ingressar nas diversas ruinas ao redor de Cusco, existem dois tipos um vale por apenas dois dias e da direito a poucas visitas outro é mais abrangente. Visitei as ruinas de Pizac, Ollantaytambo e algumas feirinhas. O que valeu a pena foi a rica explicação do guia sobre a história das ruinas. Tive muita sorte de comprar ingresso para Machupicchu apenas para o dia 23 e vale sagrado dia 22, assim restou um dia de contingência, ele foi utilizado para chegar em Cusco por conta do trecho imprevisto de rípio na saída de Arequipa.
















Dia 15 - 21/04 - Arequipa/PE - Cusco/PE

Distância: 307km
Elevação:4785m

    Acordei no dia seguinte cedo para chegar ao meu destino, faltavam mais uns 150km até outra "rodovia", que acreditava ser asfaltada. Me despeço do bondoso senhor e sigo pela perembeira, 15km afrente tenho uma suspresa, a ponte para cruzar o rio desabou! Provavelmente no dia anterior. Procurei outro caminho pelo GPS, mas não havia. Lembrei de ter passado por uma barragem próximo a Chuchui, decidi retornar e tentar atravessar pela represa. Quando chego à portaria vejo militares armados. Parei a moto e um deles veio até mim, pensei " não vão me deixar passar", tentei encontrar as palavras certas para explicar a minha necessidade, duas palavras fizeram a diferença "Soy brasileño", ele disse "ohh si hermano podes passar"rss. Depois disso resolvi acelerar e ganhar tempo, pilotei o tempo todo em pé para aliviar a suspensão e ganhar velocidade, assim consegui aumentar a média de 15 para uns 70km/h, apenas torcia para não furar o pneu. Passeio por lugares com paisagens indescritíveis, sempre andando acima dos 4000m . Não tirei muitas fotos devido ao frio e a pressa.  Assim consegui chegar em Cusco ao final do dia.







sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dia 14 - 20/04 - Arequipa/PE - Cusco/PE

Distância: 250km
Elevação: 4785m

    Depois do perrengue para chegar em Arequipa achei que o pior já havia passado, engano meu, a aventura real foi essa! Seriam 500km, tranquilos para a média que estava fazendo. No planejamento demorei para decidir se iria passar por Puno ou iria direto para Cusco, devido ao pouco tempo disponível decidi ir direto para Cusco, tracei o menor caminho pelo GPS passando por uma ruta nacional (presume-se asfaltada). Logo no início do trajeto estranhei o caminho que seguia em direção aos vulções sem nada à vista, parei e perguntei se era mesmo o caminho para Cusco, disseram que sim, era apenas seguir em frente. Assim percorri algumas dezenas de km's, subindo cade vez mais na mesma proporção que a estrada piorava, sempre na esperança que mais à frente estaria a ruta asfaltada. Segui assim por 150km durante 6hrs, quando parei para pensar no que fazer, pois restavam 350km e já passava das 3hrs da tarde. Achei melhor seguir adiante, já que se fosse retornar levaria o mesmo tempo e chegaria de noite. Depois dos 200km percorridos nuvens negras dominaram o céu, o prelúdio de uma tempestade, vi a necessidade de procurar logo um abrigo! No gps não constava nada num raio de 100km, apenas um nome "Chichos", não sabia exatamente o que era, não parecia uma cidade. Percorri mais uns 20km e vejo no horizonte uma pequena comunidade, era ela, Chichos! Estava havendo um final de feira, as pessoas estavam recolhendo frutas e mantimentos, me senti um astronauta, as crianças gritavam "gringo"..rss Parei a moto e me dirigi para uma senhora e pedi um abrigo para pernoitar, porém a resposta foi negativa, disse que ali não existia. Parei pra pensar mais um pouco, pensei em seguir adiante, caso precisasse iria usar minha lona e saco de dormir, mas desisti. Voltei e vi um senhor, fui até ele pedir abrigo, disse que tinha um depósito aonde eu poderia dormir, aceitei na hora! Para minha surpresa havia até uma cama entre caixas de cerveja (infelizmente vazias), cimento e muita poeira (tomei um comprimido para alergia na hora), era ainda melhor do que eu imaginava. Fiz uma bela refeição de barras de proteina, proteina de soja, chocolate e cereais e fui dormir com a boca entupida de coca.