Dia 5 – 11/04 - Corrientes/ARG - Salta/ARG

Distância: 874 km

Altitude: 1188 m

    Quando acordei pela manhã e fui fazer a revisão diária da moto (lub. Corrente/ ajustar, verificação) mexi no registro do combustível e em seguida começou a vazar gasolina continuamente! O o`ring dilatou com a gasolina "de avião" que eles usam (diferente da nossa que é diluida), consegui estancar um pouco com fita silver tape, quando liguei a moto o cabo do RPM tbem tinha se partido. Me desanimei com a situação, resolvi procurar um consecionária YAMAHA para tentar resolver o problema. Chegando lá o mecânico me pergunta que moto era a minha, ele nunca havia visto uma XT600, muito menos havia peças para ela, pedi um registro de ybr e vi que possui o mesmo flange que o meu, assim esse problema foi resolvido, o cabo ele disse que encontraria em Resistência, próxima cidade.

    Com o atraso em Corrientes meu cronograma estava afetado, quando saio de Corrientes para cruzar a ponte para Resistência (outra provincia, sempre tem blitz) o policial me pede para encostar, pediu meu documento, olhou de relance e em seguida me chama para dentro da cabine, puxa um papel, e me diz que foi informado por radio que uma moto com as mesmas características que a minha cometeu uma infração e que a infração é proporcional a tantos litros, e me pergunta o preço da gasolina. Resultado, tinha que pagar algo em torno de 140pesos... Disse que não tinha, e puxei 90 pesos da carteira, assim ele me liberou. Os carabineiros, de roupa verde são o equivalente a nossa policia rodoviária, são muito honestos, mas os de azul...

    Chegando em Resistência fui super bem atendido na YAMAHA, e apesar de não ter o cabo, conseguiu um de XTZ que coube. Depois de sair da loja percebo que meu diário não estava em meu bolso, lembrei que havia deixado sobre o alforje e assim o perdi pelo caminho, retornei mas não o encontrei. Foi uma grande perda, tinha muitos pensamentos e mensagens que vinha escrevendo, perdi o entusiasmo de escrever com o mesmo datalhismo.

    Já era próximo as 12hrs e ainda tinha muitos kms pela frente, vi que a chegada em Salta seria anoite.
Na fronteira com a provincia de Jujuy mais uma vez fui parado, desta fez o policial foi mais honesto, pediu logo "Una contribución", ai peguntei para que, ele respondeu: "Para la cerveza"..rss Gostei da sinceridade e dei 10 pesos a ele, assim prossegui a viagem.
    Acelerei forte para ganhar tempo, paro para abastecer em Joaquin Gonzales e não há combustível, (neste momento estava com o galão cheio de óleo para a primeira troca), o próximo posto estava a 70km (chegaria no limite da autonomia). Havia passado por um a 17km atrás, achei mais seguro retornar e garanti-lo. Logo com o cair da noite vem tbem uma chuva inesperada, combinada com uma estrada em mão dupla, muitos caminhões e curvas, foi péssimo. Nessa hora tomei o maior susto a viagem, fui parar no acostamento para trocar a viseira (estava com uma fumê) por uma transparente, o acostamento parecia pavimentado mas cai num poço de lama e a moto saiu deslizando, nessa hora utilizei toda a habilidade off road..rss e consegui manter o controle. Cheguei em Salta exausto e fui para o Hostel Residência de Juan ( 60 pesos), super indicado porém sem café da manhã.